Segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Sono (ABS) e o Laboratório de sono da Universidade Federal de São Paulo (UNESP) entre 2017 e 2020, 70% da população possui alguma queixa em relação ao sono. Dentre essas queixas, as mais comuns são a apneia obstrutiva do sono e o ronco.

Segundo Ricardo Castro Barbosa, Doutor em Odontologia do Sono e Prótese, uma pessoa pode roncar sem apneia, mas o contrário é muito difícil. Os aparelhos intraorais, desenvolvidos para amenizar o problema, são feitos a partir do molde da estrutura bucal do paciente, controlando a abertura ao trazer a mandíbula para frente. Eles possuem eficiência de 85%, mas os resultados dependem da qualidade do aparelho.

Outras formas de atenuar episódios de apneia e ronco incluem tratar problemas relacionados, como o sobrepeso, ou intervenções cirúrgicas como cirurgia ortognática ou correção do septo, recomendada apenas em casos extremos. Máquinas CPAP (Continuous Positive Air Pressure), que funcionam como respirador, possuem 90% de eficiência, mas também são reservadas para casos extremos.   

O cirurgião-dentista desempenha papel de extrema importância no cuidado com pacientes, especialmente pela capacidade de olhar o paciente de forma holística e investigar a fundo as causas, a fim de apontar possíveis soluções para o problema.

fonte: Revista da CROSP, p. 12 – Odontologia no tratamento de ronco e apneia

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